Governos autoritários e as lutas pela liberdade e democracia nas
décadas de 70 e 80. As grandes revoltas dos movimentos sociais no Brasil.
Os movimentos sociais no
Brasil têm sua história marcada pelos grandes embates realizados contra os
governos autoritários, sobretudo ainda nas lutas pela liberdade e democracia,
na década de 70 e parte da década de 80 é considerado como inspiração no que diz
respeito à ideologia que movia mentes e corações desses movimentos sociais. Nos
anos 90 o Brasil se encontrava no auge do Neoliberalismo, que tinha como
influencia diretamente por Ronald Reagan e Margareth Thatcher que foi tido como
berço das lutas contra os governos FHC, do sucateamento de todos os aparelhos
estatais, das “privatarias”, do desrespeito aos trabalhadores e as
trabalhadoras do Brasil e de todos os traços básicos de um governo que não
dialogava com os movimentos sociais, pois estava ao lado das elites brasileiras
e internacionais em nome do capital privado, sem levar em consideração o povo
que vivia a margem da “democracia” então vivida.
As grandes revoltas dos movimentos sociais se deram pela luta de
algumas décadas em busca da democracia, e quando ela chega ao fim, os governos
“democraticamente” eleitos não são necessariamente governos que tem em seu DNA
a classe trabalhadora, a integração latina americana e as minorias organizadas
ou não.
Diante disto, pode ser afirmado que um movimento social
normalmente vem de condições adversas, pois dos piores períodos é que nasce as
grandes mobilizações, fruto da angústia e da falta de condições básicas para o
povo sobreviver. Para entender o verdadeiro significado dos movimentos sociais
na história do Brasil, é preceito principal se focar na consolidação da
democracia e na garantia de várias das liberdades que gozamos hoje, e também
para compreender as ações e efeitos que vivem o movimento social nos dias de
hoje.
Segundo uma pesquisa realizada por Nelson (1979), sobre as
Associações de Moradores na América Latina, especialmente Venezuela, Peru,
México e Chile, constatou que este tipo de movimento apresenta profundas cisões
provocadas principalmente pelas rivalidades partidárias. Apesar de tratar-se de
outra realidade, é importante mencionar estas conclusões para mostrar que este
é um fenômeno que atinge não só a realidade do movimento associativo
brasileiro, mas de uma boa parte da América Latina.
Completam Diniz e Boschi (1989) que dizem que também identificam
o “caráter potencialmente divisivo das identificações partidárias no âmbito das
comunidades”, onde há certa “dissociação entre o discurso autonomista e a
prática comprometida com uma determinada orientação partidária”, o que
esclarece algumas questões duvidosas sobre as verdadeiras causas dos movimentos
sociais no Brasil.
Atualmente estamos num período de transição positiva, em que o
Brasil consegue aliar crescimento, democracia, participação popular e conseguir
destaque mundial na política e na economia, e deste modo o movimento social
passa a agir de outra forma, começando a pautar o Governo a partir de
mobilizações pontuais e da apresentação de propostas que agora são bem
recebidas, pois os grandes embates antigos viam dos momentos em que o diálogo é
esvaziado, e atualmente onde há diálogo, o embate não é considerado a principal
ferramenta de solução.
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Postado por: João Paulo da Silva Faria
Fonte: http://www.educacao.cc/cidada/a-historia-dos-movimentos-sociais-no-brasil/
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