Gênero
É o conjunto de características sociais,
culturais, políticas, psicológicas, jurídicas e econômicas atribuídas às
pessoas de forma diferenciada de acordo com o sexo.
As características de gênero são construções
sócio-culturais que variam através da história e se referem aos papéis
psicológicos e culturais que a sociedade atribui a cada um do que considera
“masculino” ou “feminino”.
Sexo
São características físicas, biológicas,
anatômicas e fisiológicas dos seres humanos que os definem como macho ou fêmea.
Reconhece-se a partir de dados corporais, genitais, sendo o sexo uma construção
natural, com a qual se nasce.
A diferença de sexo torna homens e mulheres desiguais?
Qual a importância da sexualidade e da orientação sexual para as
políticas públicas?
Sexualidade é o termo
abstrato utilizado para se referir às capacidades associadas ao sexo, enquanto
sexo tem vários significados.
“Em linhas gerais, assumindo (Cf Garcia
Castro, Mary) gênero como uma construção sociológica, político-cultural do
termo sexo, chama-se atenção para que:
·
sexo não é uma variável demográfica, biológica
ou natural, mas traz toda uma carga cultural e ideológica. Como declara
Beauvoir, ‘ninguém nasce mulher, torna-se mulher’. Nesta acepção está a
indicação implícita para a necessidade de referências concretas sobre a
identidade masculina e feminina;
·
não se pode compreender o específico da
identidade feminina, sua posição na sociedade, a valorização ou desvalorização
de seu trabalho, as divisões sexuais de trabalho/poder/exercício do erótico se
não se compreende o específico da identidade masculina e o comum ao humano, já que
homem e mulher são construções de gênero no humano – daí, insistimos, a
necessidade de análises comparativas e relacionais;
·
gênero se realiza culturalmente, por
ideologias que tomam formas específicas em cada momento histórico e tais formas
estão associadas a apropriações político-econômicas do cultural, que se dão
como totalidades em lugares e períodos determinados. Este último enfoque é uma
contribuição de autores marxistas no sentido de tirar o feminismo do plano
idealista, negando-se que as discriminações se reproduzem pela
perversidade natural dos homens, e chamando a atenção para um sistema de
relações que se perpetua porque serve a interesses, ainda que não tenham sido
diretamente engendrados para tal fim.
“Como gênero é relacional, quer enquanto
categoria analítica, quer enquanto processo social o conceito deve ser capaz de
captar a trama das relações sociais, bem como as transformações historicamente
por elas sofridas através dos mais distintos processos sociais, trama essa na
qual as relações de gênero têm lugar. (Saffioti, 1992)
“Gênero deve ser visto
como elemento constitutivo das relações sociais, baseadas em diferenças
percebidas entre os sexos, e como sendo um modo básico de significar relações
de poder” (Scott, 1990).
Fonte: Internet
Postado por: João Paulo da Silva Faria
Aluno da Especialização em Politicas Publicas (GPPGR)
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