O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi instituído no 1º
Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, que teve
representação de mulheres negras de mais de 70 países, na República Dominicana, em 1992.
A data se tornou um marco internacional da luta e da resistência das mulheres negras, com o
objetivo de tornar
visível o racismo, a discriminação, o preconceito, a pobreza
e os demais problemas que herdaram de uma sociedade estruturada no capitalismo,
que tem como pilares o patriarcado (sistema de poder dos
homens sobre as mulheres) e o racismo (a dominação dos brancos
sobre os negros). É uma forma de parar para refletir sobre os problemas que as
mulheres negras enfrentam durante sua vida, todos os dias. A sociedade
brasileira foi marcada pelo modo de produção escravista colonial, onde a mão de
obra era de escravos trazidos da África. A chegada das mulheres
africanas marcou a formação social brasileira. Essas mulheres
trouxeram tradições ancestrais que influenciaram a língua, os costumes, a
alimentação, a medicina e a arte, além de introduzirem métodos agrícolas,
vários produtos e valores coletivos no Brasil. Este novo país impôs papéis
sociais para essas mulheres negras que passaram a ser brasileiras. As mulheres
negras foram escravizadas e exploradas pelos senhores. Pelo fato de serem
mulheres, também foram exploradas sexualmente, usadas como prostitutas e também
cumpriram com o papel de alimentar gerações de crianças brancas, sendo, por
diversas vezes, forçadas a abandonar seus próprios filhos. Esses são alguns fatos que demonstram a situação desumana da mulher
negra desde sua chegada ao Brasil, que têm reflexos até os dias de hoje.
Fonte: Pesquisa na
internet.
Publicado por: Zilma Ribeiro
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